30 de outubro de 2010

Os Brutos também amam

Os Brutos também amam

(Shane)

Direção: George Stevens

Roteiro: A.B. Guthrie Jr.

Produção: George Stevens

Ano: 1953

Elenco: Alan Ladd, Jean Arthur, Van Heflin, Brandon De Wilde…

Duração: 118 minutos

Um dos westerns mais consagrados dos Estados Unidos, capaz de desbancar os de John Wayne apenas pela sua história.

Análise: Se fossemos analisar o título do filme já teríamos uma noção maior do que a necessária. Nos Estados Unidos isto já não é tão relevante, porque eles levaram em conta o nome do protagonista do filme (Shane). Os cenários marcantes – realizados próximo às montanhas de Grand Teton e Big Bear Lake - e a história da trama são fundamentais para que o filme fosse levado ao sucesso. Já nos dias atuais, só possui sucesso entre as pessoas mais velhas, e com certeza, essas pessoas foram marcadas pela obra-prima do cinema americano. Na época em que foi realizado, o bangue-bangue americano vivia seu auge – principalmente com o consagrado John Wayne - porém Shane veio para acabar com o imperialismo do herói dos filmes americanos.

O que realmente impressiona é a marcante atuação do garoto Joey Starrett (Brandon De Wilde, na época com 11 anos), que também foi algo fundamental para o sucesso e para o desenrolamento da história. O menino simplesmente se apaixona por Shane (Alan Ladd), por ser um cara durão no começo do filme, mas com um bondoso coração. É então que ele deseja ser como Shane e até o tem como inspiração para o futuro. Curiosamente, os dois até possuem uma relação de pai e filho. Isto tudo começa quando Shane chega ao pedaço de terra da família Starrett, passando a ajudá-los, evitando encrencas e trabalhando para a subsistência de todos da família. Na verdade, não sabemos, a qual papel Shane mais é ligado: ao daqueles típicos heróis do faroeste ou de um homem que apenas queria o bem para uma família honesta. É um grande mistério, durante todo o filme.

Marian (Jean Arthur) chegava a pedir para Joey não se apegar muito ao misterioso homem, já que ele poderia decepcioná-los. Porém a afetividade do garoto com Shane ficava mais aparente com o decorrer do filme. Algumas passagens são importantes para que isto aconteça. Uma delas é a que Shane e o pai de Joey – Joe (Van Heflin) – brigam no bar. O garoto se encanta ao ver os dois unidos batendo nos adversários. Outra passagem é a que Shane ensina Joey a atirar. Tudo isso aumenta o amor do menino com o protagonista. O mesmo acontece com Marian, que mostra um amor de gratidão por Shane.

O que faltou neste filme para ser totalmente completo foi uma trilha sonora de melhor qualidade. Os westerns americanos já não ligavam tanto para este detalhe como os italianos (principalmente os de Sergio Leone). A trilha de “Os Brutos também amam” foi composta pelo americano Victor Young.

Um dos melhores faroestes americanos que já assisti, com uma história de encher os olhos de lágrimas, misturando amor e gratidão, onde os tiroteios são quase sempre apagados pelo olhar incrédulo do garoto Joey.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 10.

ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA.

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