24 de março de 2012

Crítica de HQ: Rio

RIO – O FILHO DO PISTOLEIRO

Criado por: Doug Wildey

Sinopse: “O misterioso ex-pistoleiro conhecido como Rio está de volta. Perdoado pelo Presidente dos Estados Unidos, ele age como uma espécie de agente do governo e torna-se o xerife de Limestone City, uma cidadezinha aparentemente pacata que guarda o segredo de um dos mais temidos foras-da-lei: Jesse James!”.

Narrativas que agregam a seu roteiro personagens da vida real já eram deveras normais em muitas outras áreas do entretenimento, porém, ao utilizar-se de tais criaturas humanas (e verdadeiros mitos!) para modificar a realidade que ficou marcada para a história, os autores responsáveis acabam por abastecer de curiosidade os interessados por uma arte mais “biográfica”.

Como aconteceu no recente faroeste de Blackthorn (Mateo Gil, 2011) ao dar um novo sentido para a história da mais famosa dupla de foragidos norte-americanos, ou então na ótima produção hollywoodiana de O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (Andrew Dominic, 2007), os fatos já estavam lá, só precisaram ser remodelados pelas mãos de certo alguém – no caso, um roteirista! Na história-em-quadrinho que leva o nome do personagem principal, Rio, tal responsabilidade cabe à mente de seu próprio criador, o imortal Doug Wildey (The Outlaw Kid, Jonny Quest, Gunsmoke...).

“Anda logo, Riley!”, exclama Al Tanner, apressando seu comparsa a matar o filho de Jesse James – ainda conhecido como Tom Howard. Parte da cena presta recordações a Era uma vez no Oeste.

As paisagens de Rio são delineadas de forma bastante vasta e abrangente, as quais sempre receiam em esconder determinados elementos por trás de todo seu encantamento. Tal construção ganha um selo mais valioso ao decorrer dos acontecimentos, redefinindo o cenário do velho-oeste com maestria – não só ao expor interiores muito bem detalhados, mas também exteriores mais fiéis ainda à realidade da época em que se passa a história.

Além dos cenários, também se percebem atividades e situações equivalentes à maneira de vida das pessoas, fazendo com que suas ações se reflitam nas próprias personalidades, como os sujeitos das cidades que não passam de meros cidadãos, os peregrinos de pulso firme, os facínoras de sangue-frio, os mendigos e bêbados com o dom de traição, ou então aquele tipo que pouco se conhece o passado.

Através de um guião escrito de maneira praticamente perfeita por Wildey, toda a trama têm pelo meio de seus córregos as mais variadas pitadas de aventuras perplexas, baseando-se em reviravoltas capazes de deixar os leitores pensativos por um período de tempo indeterminado.

“A princípio eles me pediram para fazer uma história original de Jonny Quest, pois pretendiam lançar a primeira edição em formato “Comics”. Então, eu lhes disse que tinha pronta uma edição de HQ de western, chamada Rio. Expliquei que eu gostaria de transformar aquele trabalho em Graphic Novel. Eles toparam! O pessoal da Eclipse foi bacana. Tempo depois, a editora Cômico decidiu reeditar o trabalho que a Eclipse havia lançado há um tempo atrás.” – Wildey sobre a criação de Rio. (Trecho extraído do site Meu Herói)

NOTA:

ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Acredito que não esteja disponível na web, por ser uma HQ bastante desconhecida. No Brasil, inclusive, só é possível encontrar esta edição ("O Filho do Pistoleiro") para compra.

      Caso encontre, não se abstenha e adquira! É ótima...

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